30 de mai. de 2012

.:Vambora sair de férias:.

Vamos colocar sinestesias por aqui? Dê um CLIQUE e coloque um colorido musical neste post!!!

E cá estou eu novamente com meus devaneios artísticos...

Há duas semanas recebi minha ex chefe diretamente de São Paulo para meu apto. Trabalhávamos juntas. Ela, em um grande banco, chefiava uma carteira de processos que era comandada por mim em um escritório terceirizado. De tanto falarmos ao telefone, acabamos criando laços e conversando sobre coisas diversas. Claro, o trabalho fluía muito bem, obrigada.

Mas eu saí do escritório e ela do Banco. Por sorte existe o Facebook (acreditem, ele pode criar bons vínculos). Conversávamos sobre assuntos diversos, mas a arte era nosso foco principal.

Até que ela teve a feliz idéia de passar um fim de semana em BH. Arrumamos tudo rapidinho e numa madrugada fria de maio ela chegou. Trouxe na bagagem uma vontade enorme de captar toda a arte genuinamente mineira. 

A sua curiosidade aliada à minha paixão por BH casaram súper bem e o fim de semana foi tão longo e sinestésico, que deixou a impressão de termos ficado um mês juntas. Por sorte, o trânsito flui sem problemas nos fins de semana. Por isso, pudemos ir tranquilamente (e de ônibus) da Praça do Papa à Lagoa da Pampulha. Do Museu de Arte ao Inimá de Paula. Da Funarte ao Galpão Cine Horto. No barzinho Fundos da Floresta ao Espaço 104, do Mercado Central à Sorveteria São Domingos.  Pude apresentar a ela o pastel de angú, o queijo mineiro, o macarrão sem glúten...

Foram tantos bons momentos que, quando ela foi embora, parecia que eu também tinha viajado. Foi como se me desligasse, por 72 horas, da minha casa, do meu trabalho, do meu eu que insiste em me maltratar. 

Iniciei uma segunda feira com gás total e totalmente descansada mentalmente. E o corpo? Descansou também, maravilhosamente bem entre uma árvore e outra, uma arte e outra, um vinho e outro, uma saudade e outra... e que saudade!!!
 

Obrigada, Carol!!!!

Carol se jogando na arte mineira!!!! Aguardo novas visitinhas! e novas "férias" sinestésicas!!!
21 de mai. de 2012

.:Clichê dos Clichês:.

"Um espetáculo simples e direto, que dá ao espectador uma visão geral..."

As companhias deveriam parar de escrever isso...

Ou elas são pretensiosas, ou acham que o público é  idiota...

6 de mai. de 2012

.:eu até poderia acreditar em acasos:.

Reencontrar uma amiga que você conheceu em Paris há 5 anos em um ponto de ônibus em BH prova que o mundo é realmente um OVO nada achatado. 

Estávamos eu e Tiago (que irá compartilhar as escovas de dente comigo) em um ponto de ônibus em frente ao Palácio das Artes esperante um táxi lotação para subirmos a Afonso Pena e chegarmos ao OI FUTURO. 
Estou ouvindo um casal atrás de mim conversar. Eles iam para o mesmo lugar. Fiquei uns 10 minutos só ouvindo a conversa, como se não precisasse olhar nos olhos e ver qualquer feição. 
Mas aí pensei que poderíamos dividir um taxi comum, e ficaria no mesmo preço... E como faltava meia hora para começar o espetáculo, não poderíamos arriscar... 
Olhei para trás, vi o casal e dei um grito: JOANAAAAAAAA!

Corremos uma para a outra e demos aquele abraço nostálgico de longos segundos. Sim, Joana, minha amiga especialista em desenhos em quadrinhos tinha chegado do seu mestrado em Paris. Estava cheia daquela cidade fria e queria buscar mais calor humano nas montanhas mineiras. 

Por que não tinha me virado antes? Minhas percepções sinestésicas estavam fracas para os detalhes. 

Subimos para o teatro. Antes de começar a peça, fomos para a galeria de arte ver uma exposição de fotografias fantástica! Nossa, ficamos lembrando de nossa época de George Pompidou! 

Mas quando sentamos para assistir o espetáculo de dança, parece que ele não estava de acordo com os nossos sentimentos. Era um espetáculo sutil, lúdico, e não abusava do corpo. 
Eu gosto de impacto, de tensão, de emoção. Não gosto de quem fica pisando em ovos com medo de se arriscar. 

A trilha sonora brilhantemente elaborada por Milton Nascimento parecia uma obra à parte. Os bailarinos, medrosos, não se entregavam. Ou talvez pela emoção do momento, eu e Joana estávamos muito felizes e precisássemos de uma obra mais impactante. 

Saímos de lá com um vazio. Queríamos nos preencher do todo. Queríamos um espetáculo que entrasse dentro da nossa atmosfera, que saísse do palco e rodeasse as pessoas que ali estavam. 

Mas a noite não tinha acabado. Poderíamos nos preencher com um bom caldo para aquecer aquele momento gelado no Mangabeiras. 

Resumindo, a noite foi ótima, com direito a um segundo barzinho, caipirinha de abacaxi e muita nostalgia!

Faltou nossa Capitolina, KELLEN TRILHA. E espero que ela venha nos ver em breve! 

            Joana e esta que vos escreve curtindo um momento sinestésico e nostálgico maravilhoso!!!!