6 de mai. de 2012

.:eu até poderia acreditar em acasos:.

Reencontrar uma amiga que você conheceu em Paris há 5 anos em um ponto de ônibus em BH prova que o mundo é realmente um OVO nada achatado. 

Estávamos eu e Tiago (que irá compartilhar as escovas de dente comigo) em um ponto de ônibus em frente ao Palácio das Artes esperante um táxi lotação para subirmos a Afonso Pena e chegarmos ao OI FUTURO. 
Estou ouvindo um casal atrás de mim conversar. Eles iam para o mesmo lugar. Fiquei uns 10 minutos só ouvindo a conversa, como se não precisasse olhar nos olhos e ver qualquer feição. 
Mas aí pensei que poderíamos dividir um taxi comum, e ficaria no mesmo preço... E como faltava meia hora para começar o espetáculo, não poderíamos arriscar... 
Olhei para trás, vi o casal e dei um grito: JOANAAAAAAAA!

Corremos uma para a outra e demos aquele abraço nostálgico de longos segundos. Sim, Joana, minha amiga especialista em desenhos em quadrinhos tinha chegado do seu mestrado em Paris. Estava cheia daquela cidade fria e queria buscar mais calor humano nas montanhas mineiras. 

Por que não tinha me virado antes? Minhas percepções sinestésicas estavam fracas para os detalhes. 

Subimos para o teatro. Antes de começar a peça, fomos para a galeria de arte ver uma exposição de fotografias fantástica! Nossa, ficamos lembrando de nossa época de George Pompidou! 

Mas quando sentamos para assistir o espetáculo de dança, parece que ele não estava de acordo com os nossos sentimentos. Era um espetáculo sutil, lúdico, e não abusava do corpo. 
Eu gosto de impacto, de tensão, de emoção. Não gosto de quem fica pisando em ovos com medo de se arriscar. 

A trilha sonora brilhantemente elaborada por Milton Nascimento parecia uma obra à parte. Os bailarinos, medrosos, não se entregavam. Ou talvez pela emoção do momento, eu e Joana estávamos muito felizes e precisássemos de uma obra mais impactante. 

Saímos de lá com um vazio. Queríamos nos preencher do todo. Queríamos um espetáculo que entrasse dentro da nossa atmosfera, que saísse do palco e rodeasse as pessoas que ali estavam. 

Mas a noite não tinha acabado. Poderíamos nos preencher com um bom caldo para aquecer aquele momento gelado no Mangabeiras. 

Resumindo, a noite foi ótima, com direito a um segundo barzinho, caipirinha de abacaxi e muita nostalgia!

Faltou nossa Capitolina, KELLEN TRILHA. E espero que ela venha nos ver em breve! 

            Joana e esta que vos escreve curtindo um momento sinestésico e nostálgico maravilhoso!!!!

1 comentários:

Jojo disse...

Flavinha, fico muito feliz com o nosso encontro provocado pelo acaso (?). Mais feliz ainda pois não foi um encontro virtual, mas bem real! Adorei o nosso abraço tão forte de uma momento feliz não esperado. Ainda por cima, estava fazendo frio em BH, o que me lembrou o inverno de Paris. Mais uma fez, QUE ALEGRIA!

Mudando de assunto, o que me incomoda nos espetàculos em geral é estar no lugar de espectadora. Me dà sempre uma vontade de participar, dançar principalmente e não ficar sentada numa cadeira... Enfim... uma idéia minha. Acho que em vez de cadeiras, por que não uma pista de dança original? Os espetàculos bons ou ruins são no minimo inspiradores, o que me dà aquela vontade de me mecher!

Um bom descanso pra este domingo!

Beijos!

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